"O medo de errar, porque se vivem os erros como fracassos da pessoa na sua totalidade, não como provas, como ensinamentos. Perante os seus erros, o omnipotente, o perfeccionista, o competitivo e o idealista sentem-se derrotados, censuram-se, torturam-se, castigam-se em vez de saírem deles mais fortes.
O medo daquilo que é previsível, o medo de arriscar, o medo do sofrimento. Porque esperamos que aconteça o que está previsto, o que está programado na nossa cabeça. Não vivemos espontaneamente, aceitando a realidade, a vida, que são imprevisíveis.
Porque não se possui um boa e sadia auto-estima. De facto, queremos tornar-nos omnipotentes, perfeitos, porque temos medo de ver a nossa própria impotência.
O sentimento de culpa da pessoa que se sente omnipotente é destruidor. Reduz cada vez mais a sua humanidade, condiciona todo o seu comportamento, até levá-lo ao ódio de si mesma. Até, a longo prazo, a sentir-se uma nulidade e, consequentemente, obrigá-la a acabar na resignação."
ALBISETTI, Valerio, Rir com o Coração
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