quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Diário dela / dele



> DIÁRIO DELA:>

> Ele ficou esquisito a partir de sábado à noite.

Tínhamos combinado

> encontrarmo-nos num bar para beber um copo antes de jantar.

> Andei às compras a tarde toda com as amigas e pensei que o seu

> comportamento se devesse ao meu atraso de vinte minutos. Mas não. Nem

> sequer fez qualquer comentário, como lhe é habitual.

> A conversa e o sítio não estavam muito animados, por isso propus irmos a

> um lugar mais íntimo para podermos conversar mais tranquilamente.

> Fomos a um restaurante caro e elegante. A comida estava excelente e o

> vinho era de reserva. Quando veio a conta, ele nem refilou e continuava

> a portar-se de forma bastante estranha. Como se estivesse ausente.

> Tentei rodar os assuntos para fazer com que se animasse mas em vão.

> Comecei a pensar se seria culpa minha ou outra coisa qualquer. Quando

> lhe perguntei, disse apenas que não tinha nada a ver comigo. Mas não me

> deixou convencida.

> No caminho para casa, já no carro, disse-lhe que o amava. Ele limitou-se

> a passar o braço por cima dos meus ombros, de forma paternal e sem me

> contestar. Não sei como explicar a sua atitude, porque não disse que me

> queria como faz habitualmente. Simplesmente não disse nada.

> Comecei a ficar cada vez mais preocupada. Chegámos por fim a casa e, nesse

> preciso momento, pensei que ele me queria deixar. Tentei fazer com que

> falasse sobre o assunto mas ele ligou a televisão e ficou a olhá-la com

> um ar distante, como que a fazer-me ver que tudo tinha terminado entre

> nós. O silêncio cortado pelo filme era sufocante. Por fim, desisti e> disse-lhe que ia para a cama.

> Mais ou menos dez minutos depois, ele entra no quarto e deita-se a meu

> lado.

> Para enorme surpresa minha, correspondeu aos meus beijos e carícias e

> acabámos por fazer amor. Não foi tão intenso como normal mas ele pareceu

> gostar. Apesar de continuar com aquele ar distraído que tanto me aflige.

> Depois, ainda deitada na cama, resolvi que queria enfrentar a situação e

> falar com ele o quanto antes. Mas ele já tinha adormecido. Comecei a

> chorar e continuei a fazê-lo pela noite dentro, até adormecer quase de

> manhã.

> Estou desesperada, já não sei o que fazer. Estou praticamente convencida

> que os seus pensamentos estão com outra. A minha vida é um autêntico

> desastre!

> > > > >

DIÁRIO DELE:

> O benfica perdeu. Bem, pelo menos dei uma queca...>

Fonte: Correio electrónico

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