Ou me enfrento a mim próprio ou passarei o resto da vida a vaguear... para depois mais tarde contar lindas histórias sobre o meu passado, ou a decair cada vez mais...
Já não sou mais aquele que sonhava ser alguma coisa. Sou caminhante de uma vida vazia e sem sentido.
O jogo de sedução é o que existe de mais interessante no mundo. Lembro-me de que, há muitos anos, alguém me perguntou o que tinham em comum todas as namoradas que passaram pela minha vida. A resposta foi fácil: EU. E ao perceber isso, vi o tempo que tinha perdido em busca da pessoa certa. Pois, tive muitas namoradas, mas fiquei sempre á espera da pessoa certa. Percebo, pela primeira vez que todas as minhas frustrações nada tinham a ver com as mulheres que conheci, mas com a minha própria amargura e elevado grau de egocentrismo.
Para poder amar alguém, eu precisava, primeiro, de aprender a me amar e respeitar-me a mim próprio. As relações que estabeleci foram sempre vagas e superficiais. Na minha vida existia sempre alguma coisa mais importante. Existia sempre um compromisso inadiável. Quando terminava com uma pessoa, partia em busca de outra aventura e, assim, sucessivamente. Para mim, a vida resumia-se a momentos intensos e constantes de prazer...
Entendo, perfeitamente, que é sempre preciso saber quando uma etapa chega ao fim; encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos, não importa que nome lhe damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Pouco a pouco, comecei a entender que não podia voltar atrás e fazer as coisas de outra maneira.
Eu, agora, estou em paz com o meu espírito!...
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