"As energias naturais que, num tempo imemorial, pareciam infinitas revelam, agora, os seus limites. Se o ser humano domina a natureza, também ele faz parte dela e depende dela para a sua própria sobrevivência.
O princípio da responsabilidade consiste, em primeiro lugar, aceitar pagar o custo, humano e financeiro, da alteração dos maus hábitos sociais quanto ao tratamento das reservas naturais e energéticas. Em segundo lugar, verificar que existem para a sociedade de consumo limites de direito, impostos pela obrigação de não esgotarem a natureza. A utilização de adubos e de pesticidas provoca elevados níveis de poluição que indirectamente afectam a qualidade de vida das pessoas e que a aplicação de doses exageradamente elevadas destes produtos na agricultura intensiva traz como consequência a poluição do solo e das águas.
A nível mundial a industrialização aumentou cerca de 50 vezes, no nosso século, e para alimentar aquilo que sempre foi entendido como progresso e desenvolvimento consumiram-se milhões de toneladas de petróleo e de minérios, contaminou-se o ar, as terras, os rios, os lagos e os oceanos com os mais variados produtos tóxicos e com subprodutos diversos que afectam a fauna e a flora e entram na cadeia alimentar. As grandes quantidades de óxido de carbono e outros gases que a capacidade humana produziu estão a provocar o «efeito de estufa» e isso determinará uma elevação média da temperatura anual que poderá ir de 1,5 a 4,5 graus Celsius nos próximos anos, se for mantido o actual consumo de combustíveis fósseis, a destruição da camada de ozono pelos clorofluorcarbonetos utilizados nos aerossóis, podem arrastar graves riscos para a vida humana, animal e vegetal. Por outro, a destruição desordenada, por vezes sob a forma de grandes queimadas, do coberto vegetal, arrasta também consigo a eliminação de numerosas espécies e variedades.
Como demonstrar que os nossos comportamentos mais íntimos têm reflexos no futuro da evolução da sociedade?
Todos estes problemas levantam uma questão simples que se pode enunciar nestes termos: que tipo de terra e que tipo de ser humano vamos deixar em herança às gerações futuras? Será que nós temos o direito de esgotar as reservas naturais e energéticas sem consideração para com a situação do planeta Terra que vamos deixar às gerações futuras? O que é que constitui como nosso dever moral a tarefa de preservar a vida humana na terra?
As gerações vindouras "esperam" de nós que assumamos a nossa responsabilidade perante nós próprios quanto à sobrevivência futura da possibilidade de uma vida humana feliz e digna de ser vivida."
O princípio da responsabilidade consiste, em primeiro lugar, aceitar pagar o custo, humano e financeiro, da alteração dos maus hábitos sociais quanto ao tratamento das reservas naturais e energéticas. Em segundo lugar, verificar que existem para a sociedade de consumo limites de direito, impostos pela obrigação de não esgotarem a natureza. A utilização de adubos e de pesticidas provoca elevados níveis de poluição que indirectamente afectam a qualidade de vida das pessoas e que a aplicação de doses exageradamente elevadas destes produtos na agricultura intensiva traz como consequência a poluição do solo e das águas.
A nível mundial a industrialização aumentou cerca de 50 vezes, no nosso século, e para alimentar aquilo que sempre foi entendido como progresso e desenvolvimento consumiram-se milhões de toneladas de petróleo e de minérios, contaminou-se o ar, as terras, os rios, os lagos e os oceanos com os mais variados produtos tóxicos e com subprodutos diversos que afectam a fauna e a flora e entram na cadeia alimentar. As grandes quantidades de óxido de carbono e outros gases que a capacidade humana produziu estão a provocar o «efeito de estufa» e isso determinará uma elevação média da temperatura anual que poderá ir de 1,5 a 4,5 graus Celsius nos próximos anos, se for mantido o actual consumo de combustíveis fósseis, a destruição da camada de ozono pelos clorofluorcarbonetos utilizados nos aerossóis, podem arrastar graves riscos para a vida humana, animal e vegetal. Por outro, a destruição desordenada, por vezes sob a forma de grandes queimadas, do coberto vegetal, arrasta também consigo a eliminação de numerosas espécies e variedades.
Como demonstrar que os nossos comportamentos mais íntimos têm reflexos no futuro da evolução da sociedade?
Todos estes problemas levantam uma questão simples que se pode enunciar nestes termos: que tipo de terra e que tipo de ser humano vamos deixar em herança às gerações futuras? Será que nós temos o direito de esgotar as reservas naturais e energéticas sem consideração para com a situação do planeta Terra que vamos deixar às gerações futuras? O que é que constitui como nosso dever moral a tarefa de preservar a vida humana na terra?
As gerações vindouras "esperam" de nós que assumamos a nossa responsabilidade perante nós próprios quanto à sobrevivência futura da possibilidade de uma vida humana feliz e digna de ser vivida."
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