A análise das emoções é vital para um melhor conhecimento do ser humano. Já vem dos gregos a máximadélfica que convidava ao verdadeiro conhecimento: "Conhece-te a ti mesmo."
Poucas pessoas conseguem controlar as suas emoções, a não ser que se trate de um indivíduo com um elevado grau de desenvolvimento espiritual. Na maior parte dos casos o controlo é uma forma patológica de reprimir a livre expressão da nossa condição humana. A mesma emoção pode ser experimentada de diferentes maneiras nas pessoas. Tudo depende do que a pessoa pensou no momento em que recebeu o estímulo para o resultado emotivo ser distinto. Tudo depende de a avaliação ser simples ou complicada.
Quando estamos ao pé de uma pessoa sorridente, sentimo-nos contagiados pela sua emoção. O estado emotivo de um ser humano influi radicalmente o seu meio.
Algumas vezes, em vez de nos afastarmos daquilo que nos incomoda, aproximamo-nos. O que é que nos leva a actuar dessa maneira? A ideia de que não somos suficientemente bons. A crença de que não merecemos outra coisa senão os maus tratos, por outras palavras, uma baixa auto-estima. Não é possível explicar de outra forma por que razão uma pessoa no seu perfeito juízo viveria ao lado de outra que a humilha constantemente.
A simples emissão de um som e a sua correcta vocalização pode evitar-nos muitos males.
Se queremos mesmo salvar este planeta, temos que começar por melhorar o estado emocional de todos aqueles que nele habitam. Isto é que seria revolucionário. Tirar as pessoas da depressão.
(Laura Esquivel in o Livro das Emoções)
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